domingo, 30 de janeiro de 2011

O Palácio...



O palácio em que ele cresceu era incomparável. Ele tinha as melhores roupas e o melhor de tudo que alguém poderia sonhar naquele tempo. Mas isto não mudava em nada a maneira em que ele se sentia por dentro. Ele foi adotado ainda muito pequeno, o que naquele tempo, todo este processo era bastante controverso. Moisés era filho de um escravo Hebreu, numa época onde todos os bebês Hebreus tinham sido assassinados por Faraó. Ele era “o sortudo”, pois ao invés de ser assassinado como todos os outros bebês Hebreus, ele foi adotado por uma das filhas de Faraó e agora vivia em seu palácio, tendo para si mesmo escravos Hebreus.

Ainda assim, apesar da sua maravilhosa história de vida, Moisés era um homem triste. Ele tinha um problema pelo qual ninguém o poderia ajudar… ele não era nem uma coisa e nem outra. Ele não era Egípcio, não de sangue, nem de coração. Toda vez que ele se apresentava diante de Faraó, ele quase podia ouvir as pessoas pensando: “Você não é um de nós!” ou: “Quem você pensa que é?”

Por outro lado, ele também não era sequer um Hebreu, se ele o fosse, estaria com eles, fazendo tijolos e sofrendo pela vara de seus senhores Egípcios. Pelo que conhecia de si mesmo, ele carregava essa crise de identidade. Quem ele era afinal?

A mesma luta acontece nas mentes de muitos jovens que cresceram na igreja. Eles nunca estão felizes, nunca satisfeitos, nunca chegam onde querem chegar. Ainda que os seus pais lhe tenham dito acerca das grandes experiências que tiveram com Deus há anos atrás, eles não conseguem se associar a Deus. E assim eles vivem suas vidas, sem saber o que fazer para finalmente se acharem nesse mundo.

Por um tempo, eles frustram as expectativas de seus pais e se afastam da maior parte de seus ensinamentos, tentando provar um pouco do que o mundo tem a oferecer. Parece legal, divertido, interessante e ainda sim intrigante, por que não? Todo mundo faz isso! Além do mais, eles estão cansados de fazer o que eles não têm vontade só para agradar seus pais o tempo todo. As pessoas no mundo não têm que fazer isto, elas são tão livres e tão donas de suas próprias vidas… são elas que se divertem…

E então após um tempo, eles reconhecem que o mundo não é tão divertido assim. De alguma forma, não fazem parte dele e também não pertencem à Igreja, afinal de contas, depois de tudo que fizeram com as suas vidas, como voltar ao princípio? E assim eles chegam ao mesmo ponto em que Moisés chegou quando ele cometeu um erro terrível e fugiu para salvar sua vida. Ele então viveu 40 anos às escuras, se escondendo de todos que o conhecia, tentando escapar de todas as perguntas que o amedrontavam: Quem era ele afinal?

Quando pensou que a vida não lhe daria uma segunda chance, Deus se mostrou para ele numa sarça ardente. Pensou não ser digno, sentiu um pouco estranho, um peixe fora d’água, um mero ser confuso. Mas Deus estava seguro ao seu respeito, algo que ele nunca sentiu em toda a sua vida. No começo, ele tentou mostrá-lo o quanto ele era a pessoa errada, falou sobre suas inseguranças e ainda assim Deus continuava lhe dando um voto de confiança. Finalmente, Moisés aos poucos cedeu à vontade de Deus e de um homem inseguro, passou a ser um dos líderes mais competentes que já existiu.

Deus quer fazer o mesmo com você. Se você cresceu na Igreja ou não, Deus te chama para coisas grandes. Só Ele pode ajudá-la a se encontrar. Pare de pensar que você não é digno ou que não pode–Eu também não sou nem posso, mas eu creio que Deus pode e é!

Nenhum comentário:

Postar um comentário